Especialista da FGV destaca a importância da adequação dos profissionais ao mercado de trabalho

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Viviane Narducci: trabalho temporário pode ser oportunidade para evoluir

A taxa de desemprego do trimestre encerrado em setembro foi a menor do ano no Brasil, ficando em 12,4%, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ontem (31). Os números positivos dos últimos meses se repetem na previsão de contratação de funcionários temporários para este final de ano.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), estima que 73,1 mil pessoas serão contratadas para preencherem vagas extras, um aumento de 10%, comparado ao mesmo período de 2016. O varejo deve movimentar nesta época R$ 34,3 bilhões.

Para quem busca uma oportunidade de emprego efetivo após o período de festas, este é o momento ideal. De acordo com a Confederação, 27% dos funcionários temporários serão efetivados, número 12% maior que os últimos dois anos, no qual apenas 15% dos trabalhadores conseguiram permanecer nas vagas.

Segundo Viviane Narducci, especialista em gestão estratégica de pessoas, PHD e Mestre em Administração de Empresas pela Escola de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (EBAPE – FGV), apesar de ser uma vaga no primeiro momento ‘temporária’ há sempre chances de o funcionário ser efetivado pela empresa.

“Lembre-se, você estará sendo avaliado ao longo de toda a experiência profissional, então, se dedique, cumpra os horários determinados e as normas da companhia. Seu contrato de trabalho pode se estender após o final das festas e a contratação efetiva poderá ocorrer”, resume Viviane Narducci. “É importante lembrar que seu gestor, em um trabalho temporário, pode lhe proporcionar oportunidades em outras áreas e cargos” explica Viviane.

O país ainda passa por um momento crítico, o IBGE estima que são 13 milhões de desempregados, por isso a mentalidade de quem busca por uma vaga de emprego deve mudar. “O trabalho temporário não pode ser visto como um ‘bico’, mas sim como uma oportunidade de evolução no mercado. O funcionário deve mostrar-se flexível e ter fácil adaptação, demonstrar interesse em aprender, pois assim as chances que lhe foram apresentadas poderão ser exploradas ao máximo, ampliando a chance de efetivação ou mesmo crescimento na empresa”, finaliza a especialista da FGV.

Fonte: Viviane Narducci / divulgação Bendita Imagem, 31 de outubro de 2017