Deborah Epelman, coordenadora de livro da Leader sobre PNL, dá entrevista na CBN

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Deborah Epelman foi entrevistada nesta quarta-feira, 7, pelo jornalista Milton Jung, no programa Mundo Corporativo, da CBN, que vai ar ao vivo pelo Facebook toda quarta às 11 horas. Psicóloga e master training em PNL, Déborah falou sobre as ferramentas da PNL (Programação Neurolinguística), que auxilia no autoconhecimento e no desenvolvimento de carreira. Destacamos a seguir alguns trechos dessa entrevista.

Milton mostrou o livro de que Deborah é coordenadora, ao lado de Sueli Cassis e Andréia Roma, “Ferramentas de PNL – Profissionais da Área Abordam Ferramentas da PNL para o seu Crescimento Pessoal e Profissional”, publicado pela Editora Leader.
Deborah explicou que a Neurolinguística chegou ao Brasil em 81 mas começou a ser pesquisada nos EUA, em 72.
Milton pediu a ela, que trabalha com a Neurolinguística Sistêmica, que explicasse as diferenças com a PNL tradicional: “A Neurolinguística começou como Neurolinguística. Os pesquisadores estavam juntos pesquisando a mente cognitiva, entre as décadas de 70 e 90, que foi o início de toda essa pesquisa. Só que alguns deles, como Robert Dilts, Judith Delozier, Suzy Smith, começaram a querer entender a relação entre mente e corpo, e como as questões físicas também podem ser trabalhadas pela mente cognitiva. E começaram a trabalhar com o que chamam de mente somática, que é a mente do corpo e registra tudo que acontece na nossa vida”.
Ela continuou dizendo que no decorrer dessas pesquisas verificaram que como nós, seres humanos, vivemos em sociedade, nosso comportamento altera o comportamento de outras pessoas. “O tempo todo estamos interferindo na vida uns dos outros direta ou indiretamente. Aí fizeram paralelo com a Física quântica, com a questão do pensamento sistêmico, é a mente de campo, que se relaciona com o todo. Então a PNL Sistêmica leva em consideração essas três mentes, cognitiva, somática e a de campo. O pensamento sistêmico da Física quântica nos mostra que quando nós atuamos, nós agimos dentro da lei física de ação e reação. Então a PNL Sistêmica também, mostra que quando você muda algo dentro de você, altera a forma como você está vivendo dentro do sistema e vice-versa.”

Milton Jung lembrou que Deborah havia citado Robert Dilts, e aproveitou para dizer que ele é o autor do prefácio do livro “Ferramentas de PNL”, da Editora Leader.

Um ouvinte perguntou se a PNL tem comprovação científica e qual a sua eficácia. “A Neurolinguística ainda não é reconhecida como Ciência dentro do mundo científico. A Neurociência está fazendo um trabalho de reconhecer muitas coisas que a Neurolinguística fala, cientificamente. Não é uma Ciência, apesar de ser uma das Ciências mais observáveis. Porque é todo um funcionamento dentro de nós, como os nossos neurônios funcionam dentro de nós, como mandam informações para que a gente tenha comportamentos, capacidades, relacionamentos etc.”
Segundo Deborah, um dos motivos de não ser reconhecida ainda é que querem enquadrá-la em uma área, não pode ser uma Ciência que abrange tudo. “Então enquanto o mundo científico não entender que a PNL pode abranger tudo, não queremos enquadrá-la em uma área. Para mim, que estou na área desde 84, e para outros, não faz muita diferença, porque sabemos dos resultados, conhecemos o que ela pode proporcionar”, afirma.
Milton quis saber como se gera a transformação na pessoa através da PNL.
“Utilizando as próprias estratégias mentais que os pesquisadores vêm decodificando desde a década de 70. Esses pesquisadores estudam como as pessoas de sucesso conseguem resultados. Como é a estratégia delas, o que elas têm dentro delas para alcançar os resultados. Quando uma pessoa chega sem resultados ela pode utilizar as estratégias de modelagem para perceber dentro dela aquilo que está faltando. Há estratégias com que a pessoa resgata a confiança de dentro dela e coloca naquela situação em que ela estava sem confiança. São estratégias mentais que chamamos de técnicas mas na verdade todas as técnicas dentro da Neurolinguística não foram inventadas. Os pesquisadores não inventam nada, eles apenas pesquisam e decodificam. Tanto é que se autodenominam cocriadores da PNL. Eles organizaram e colocaram no papel essa metodologia, chamada assim porque não é uma Ciência. Com as próprias estratégias mentais, que foram decodificadas, que as pessoas aprendem e transformam as situações onde elas têm limites, bloqueios, para que elas possam viver melhor”, explicou.
“O uso dessas ferramentas passa pela comunicação?”, questionou Milton.
“Sim, tanto interna quanto externa. A pessoa vai se comunicar com partes inconscientes dela, percepções que tem dentro de si e que antes muitas vezes nem tinha essa consciência.”
“E aí entra o autoconhecimento…”, disse Milton.
“Exatamente. A proposta da PNL é o autodesenvolvimento, o autoconhecimento, a autoaplicação, inclusive. No começo, era autoaplicação, e aí se começou a aplicar nos consultórios. E é o que os pesquisadores querem, que as pessoas não precisem de outras para melhorarem a vida, que aprendam a fazer isso com elas mesmas.”
“Hoje a PNL tem sido muito aplicada no desenvolvimento profissional”, perguntou o apresentador.
“Sim. Essa transformação pela qual as empresas estão passando hoje, de competição para colaboração, o chefe se transformando em líder, a PNL facilita de várias formas as equipes a se transformarem. Outra coisa, ela traz muitas técnicas e estratégias de negociação, vendas, comunicação entre pares. Facilita na comunicação, na maneira como lidar com a equipe, na forma de incentivar as pessoas a trazerem o melhor delas para o trabalho. Facilita no sentido de mudança de carreira, ajuda a descobrirem qual a carreira que elas querem…”
“Quais as estratégias mentais para desenvolver liderança”, perguntou um ouvinte.
Deborah afirma que a primeira coisa para o desenvolvimento de liderança é compreender que um líder não manda: “Ele vai coordenar uma equipe. Para isso precisa ouvir, ter uma escuta ativa. Saber tirar, através de perguntas específicas, o que a pessoa tem de melhor. Dentro da PNL, o líder aprende a fazer essas perguntas”.
“O ambiente corporativo é muito tóxico. Como a PNL pode nos ajudar a diminuir o impacto dessa toxicidade?”, indagou o apresentador.
“As corporações, apesar de estarem mudando, ainda têm essa questão do comando. A maioria das pessoas não procura um emprego por gostar, mas para ganhar dinheiro. Isso também dentro da PNL seria um engano. Hoje os jovens estão buscando mais gostar do que fazem, mas o que ainda temos é um mundo com uma competição muito grande, tudo isso não é humano, porque o ser humano na verdade gosta de cooperar e não de competir. Muitos ficam até doentes.”
No final da entrevista, Milton perguntou por que a PNL não está ainda sendo tão utilizada no mundo corporativo.
“Na comparação de quando eu comecei, acredito que hoje muitas empresas já utilizam. Em algumas empresas, quando a pessoa chega com curso de Máster Practitioner ou Practitioner em PNL, colocam o currículo da pessoa acima, porque já compreendem que uma pessoa que tem uma formação dessas dentro da empresa vai ter mais condições de atuar de diversas maneiras. Cada vez mais empresas chamam a PNL em treinamentos, vivências, para essa formação de equipes, ou seja, cresceu muito. Aqui no Brasil é o lugar onde menos tem, na Europa praticamente todas as empresas já utilizam PNL, nos EU mais ainda. Lá há pessoas formadas em PNL atuando em áreas pagas pelo governo”, finalizou Deborah.

Milton concluiu dizendo que, se os assistentes quiserem conhecer um pouco mais sobre como aplicar a PNL e em quais áreas aplicar, teriam como fonte o livro “Ferramentas de PNL – Profissionais da Área Abordam Ferramentas da PNL para o seu Crescimento Pessoal e Profissional”, da Editora Leader.