Diversidade, Equidade e Inclusão: por que importa?

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A partir desse mês terei a honra de assinar esta coluna sobre um tema que vem tomando a agenda de CEOs de organizações e a atenção da sociedade em todo o mundo: diversidade, equidade e inclusão. O propósito aqui será trazermos à luz os desafios que estão sendo enfrentados, os que estão por vir, o que está sendo feito no Brasil e no exterior para transformar o mundo em que vivemos em um lugar mais humano, mais igualitário, sem abrir mão da geração de negócios, da prosperidade das organizações e das pessoas que nelas trabalham. Já é sabido que muitas empresas têm buscado transformar seu ambiente corporativo por meio da diversidade, pois perceberam que ela representa a possibilidade de ter pontos de vista diferentes, o que contribui para o aumento de criatividade e para a construção de soluções inovadoras. Experiências distintas, origens e formações diferentes servem para que a empresa possa criar um amplo repertório de respostas às questões de negócio que surgem no dia a dia, desde as mais simples até as mais complexas.
Mas ter um ambiente diverso não é suficiente; é preciso entender também que a inclusão é fator primordial, e por inclusão entenda-se o respeito e a valorização das características individuais e únicas, as histórias e experiências que os indivíduos construíram ao longo da vida e a geração de um ambiente com respeito às diferenças e igualdade de oportunidades. Consultorias e institutos de pesquisa têm apontado que empresas com mais pluralidade alcançam melhores resultados. Para citar uma, a Pesquisa Global de Tendências de RH 2020 da Deloitte destaca que as culturas organizacionais são construídas, em boa parte, com base em comportamentos da liderança inclusiva, cujos comportamentos reforçam os valores organizacionais de justiça, respeito, pertencimento e segurança psicológica nas equipes e inspiram os trabalhadores a ter o melhor desempenho.
Contudo, os esforços que estão sendo feitos pelas empresas ainda não geraram, salvo raras exceções, mudanças de impacto. E um fator que tem chamado a atenção – no meu entendimento e com base na experiência em projetos de transformação de negócios – é que muitas empresas ainda estão com a ideia de que essa missão pertence à área de Recursos Humanos, quando na verdade essa responsabilidade é – essencialmente – da alta liderança. É a alta liderança o público-alvo prioritário dessa transformação cultural para que se consiga uma mudança de mindset que vai gerar o engajamento necessário de seus componentes, da média gestão e, consequentemente, dos colaboradores em todos os níveis da hierarquia. É tempo de falarmos sobre a chave para essa transformação; é tempo de falarmos de liderança inclusiva. Mas esse é o tema do nosso próximo artigo…

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Graduado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gestão de Pessoas pela FGV, sou Diretor-Líder dos serviços em Diversidade e Inclusão da Deloitte Brasil. Há 25 anos atuo em grandes projetos liderando temas como cultura, liderança, diversidade e inclusão, dentre outros. Sou fundador da “JMS Consultoria em Gente” e voluntário em programas de mentoria para profissionais jovens e maduros.