É importante ter Reserva de Emergência?

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A resposta é óbvia: sim! Recordo que nas primeiras colunas explorei com você a questão de conhecer em detalhes os seus gastos, analisá-los sob a perspectiva do que é essencial e daquilo que pode ser reduzido e, consequentemente, ter êxito no controle das despesas. E que o conhecimento dos hábitos e padrões de consumo são fundamentais nessa missão. Lembra-se dessa parte? Pois bem. Se seguiu esse caminho, é provável que também relembre minha recomendação, logo em seguida, sobre começar a poupar, mensalmente, uma parte da renda. O primeiro investimento que conseguir fazer com suas economias deve ser direcionado para constituir a chamada reserva de emergência, que nada mais é do que um montante financeiro que fica “reservado”, portanto, separado para você enfrentar imprevistos – doença, perda de emprego, acidente -, crises ou mesmo aproveitar oportunidades momentâneas, como uma viagem ou curso no exterior. Aspectos importantes devem ser considerados para garantir uma reserva consistente:
1) Tenha em mente que emergência é emergência. Não vale utilizá-la para qualquer imprevisto ou dificuldade. Precisa ter consciência financeira e incorporar o conceito como parte do planejamento de suas finanças.
2) Os recursos devem ter liquidez imediata e ser aplicados de forma conservadora, portanto, a rentabilidade não é o ponto principal. Tesouro Direto, CDBs ou LCs (letras de câmbio) com liquidez diária, ou mesmo os Fundos DI com liquidez de curtíssimo prazo estão entre as boas opções. O foco aqui é disponibilidade e proteção!
3) Há divergentes opiniões quanto ao montante a ser alocado, mas recomendo que seja algo em torno de seis meses de suas despesas fixas essenciais. O valor deve ser aquele que oferece segurança no momento de emergência e pode variar, se você tem com quem compartilhar os custos mensais.
4) A reserva deve ser recomposta assim que utilizada.
Se você ainda não tem uma reserva de emergência, pense nisso! É fundamental evitar que imprevistos comprometam seu equilíbrio financeiro. Lembre-se: é sempre melhor prevenir do que remediar!
(Imagem OpenClipart-Vectors, por Pixabay)

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É executiva em Finanças com 35 anos de experiência na liderança de áreas de Crédito e Riscos de Atacado e Varejo. Atuou em grandes Bancos como Santander, BankBoston e Votorantim. Cursei Administração de Empresas, com MBA em Finanças pelo INSPER. Também é formada em Conselho de Administração pelo IBGC e Investidora Anjo e membro de Conselho Consultivo em startups. Brasileira, 50+, casada, dois filhos.