Já há algum tempo venho destacando aqui a importância de estarmos disponíveis para aprender, independentemente do ambiente. Então, hoje dedico este espaço a um caso real e atual que me parece ilustrar bem esse argumento.
Desde o início do ano, tenho a honra de fazer parte de um conjunto de profissionais experientes, com consolidadas carreiras de sucesso, que se associaram para dar vida a uma boa ideia: ajudar empresas a “fazer a coisa certa” independentemente de seu porte, idade ou características.
São 16 pessoas cuja trajetória profissional somada chega a 523 anos! E por que essa informação é relevante? Explico. É porque infelizmente em círculos como esse é bastante comum a postura de sabe-tudo, de autoridade, de referência incontestável.
Já no nosso grupo ocorre exatamente o oposto. Convivendo regularmente há cinco meses, criamos um espaço acolhedor que nos permite expor nossos desconhecimentos sem medo ou embaraço – e o fazemos com frequência, buscando ajuda uns dos outros e também externamente, por meio de convidados e cursos, por exemplo. Sem hesitação.
Tenho a firme crença de que atitudes assim demonstram maturidade, o que gera confiança, que gera cooperação, que gera foco, que gera resultado. E, espelhando os tempos atuais, tudo isso foi desenvolvido integralmente a distância, inclusive com companheiros em cidades e regiões diferentes (mas confesso que estamos ansiosos pela possibilidade do encontro presencial).
Conheço o poder da “peer pressure” (a pressão dos pares e do entorno) na determinação de comportamentos e até de valores. Isso amplifica ainda mais minha felicidade por fazer parte de um grupo de pessoas que se sentem confortáveis ao dizer “não sei” e, a partir disso, agir sem constrangimentos para mudar essa condição.
Para concluir, recorro ao formato de alguns desenhos animados da minha infância, que terminavam com a famosa “moral da história”. A nossa de hoje é: reconhecer que não se sabe pode ser o caminho mais eficaz para passar a saber. Sabia?
PARA SABER MAIS
Peer pressure