O que esperar da nova geração de drones? Parte 1

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Com este artigo, que dividi em duas partes, inicio minha participação neste Jornal, e o tema de que vou tratar é tecnologia, as tendências e inovações na área. Vou falar inicialmente sobre os drones, um assunto bem atual.
Existem de diferentes tamanhos, capacidades, nível de sofisticação e preço. Alguns podem ser encontrados até em lojas de brinquedos, enquanto outros têm uma utilidade profissional, seja para fazer imagens aéreas, usados na prática militar e até utilizados como experiências de pequenas entregas — que costumam ser os mais famosos. Falando em drones, uma das características dessa tecnologia que eu mais gosto está na grande capacidade de adaptação que ela possui. O que antes era visto como um brinquedo sofisticado, passou a ser usado como aliado de gravações em filmes e novelas, e agora os drones são o que podemos chamar de “pau para toda obra”. Confesso que existem alguns casos que eu não imaginava que tinham drones por trás das soluções. Neste primeiro artigo vamos falar de dois e no próximo fechamos os quatro mais interessantes.
1 – Smellicopter é um pequeno drone que utiliza uma antena de mariposa viva para farejar objetos perigosos, como bombas. Os pesquisadores da Universidade de Washington anestesiaram uma mariposa para remover a antena e conectá-la ao circuito elétrico do drone. O projeto imita a natureza, já que as células da antena da mariposa são extremamente sensíveis ao amplificar sinais químicos que a guiam para procurar fontes de alimentos ou parceiros. O drone é 100 % autônomo e ainda pode desviar de obstáculos enquanto voa pelos ares. A ideia é desenvolver a tecnologia para o Smellicopter para detectar explosivos, vazamentos de gás e até encontrar sobreviventes após uma catástrofe natural.
2 – WasteShark – Nem só dos céus vive um drone!
Aliás, quem disse que drones foram feitos apenas para voar? O WasteShark é um drone aquático que tem um objetivo muito nobre: retirar detritos das águas para deixá-las mais limpas. O drone “engole” plástico, algas e outros detritos e retorna de forma autônoma a uma estação de tratamento de resíduos, onde eles são descarregados e processados como parte do sistema de gerenciamento tradicional que existe em cidades. A melhor parte dessa tecnologia é que o WasteShark é capaz de coletar até uma tonelada de resíduos em um intervalo de sete ou oito horas, além de não emitir gases do efeito estufa e ser de baixo custo, segundo o fabricante. Essa iniciativa seria muito bem-vinda aqui no Brasil.