Protagonismo e empoderamento

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A CEO da Editora Leader, Andréia Roma: "Essas líderes não se abalam diante de crises; incrivelmente, elas enxergam momentos de crise como oportunidades de crescimento!"

Em meio às pesquisas sobre desigualdade de gênero, uma sempre chama minha atenção, que é a realizada pelo Fórum Econômico Mundial. Em seu último relatório, por exemplo, apontou que 136 anos é o tempo que se levará para que as mulheres alcancem a igualdade com os homens no mercado de trabalho. Outro levantamento que destaco, para que você conheça melhor esse cenário, feito pela BR Rating, agência de rating de governança corporativa do Brasil, aponta que apenas 3,5% das corporações têm mulheres atuando como CEOs. A pesquisa também mostra que os homens ocupam 84% dos cargos de diretoria e as mulheres 16%, enquanto os cargos gerenciais contam com 81% de homens e 19% de mulheres.
Se os números são pouco animadores, até porque grande parte das mulheres têm nível de escolaridade superior ao dos homens, por outro lado acendem um alerta de que é necessário continuar buscando o empoderamento feminino, seja investindo em uma formação contínua, como pela preocupação com a saúde mental.
Aliás, tivemos nas Olimpíadas uma ginasta corajosa, que escancarou a sua vulnerabilidade: a americana Simone Biles admitiu que a pressão que sentia era muito grande e estava afetando seu desempenho, chamando atenção para a importância da saúde mental. No caso de Simone, houve um sintoma físico, uma espécie de tontura que afetava seu equilíbrio e a colocava em risco até mesmo mortal durante a competição.
Há muitas formas de se conquistar o equilíbrio físico e mental e no caso de Simone foi sair da Olimpíada e se cuidar. E você? O que faz para se recuperar? Você faz paradas nas suas atividades para se recompor, repor energias?
Ocupar nosso espaço nas corporações ou como empreendedoras requer, além da saúde mental, que estejamos preparadas, que estejamos sempre aprendendo coisas novas, nos aprimorando não só na área em que atuamos, mas em tudo que nos traga conhecimento do mundo que nos cerca, tendências, inovações. Para isso, se você não tiver tempo de fazer cursos regulares ou via EAD, aprimore-se lendo. O mercado editorial é muito rico no nosso país, com excelentes publicações, que vão além da leitura e se tornam verdadeiros cursos ou mentorias.
Devemos admitir que muitas mulheres já contribuem para a mudança desse cenário e não encaram a igualdade de oportunidades e de salários como uma disputa com os homens, mas uma questão de justiça. Conheço muitas profissionais, executivas e empreendedoras que superaram diversos desafios, desde o preconceito por serem mulheres, até crises econômicas, doenças, problemas familiares, projetos pessoais e são muito bem-sucedidas. Elas atuam em todos os segmentos e âmbitos da sociedade e compartilham suas trajetórias para inspirar outras mulheres a também ocuparem seu espaço e contribuírem com o desenvolvimento do país.
Essas mulheres são protagonistas da própria história, e isso é a base de seu empoderamento.
E você, já assumiu seu protagonismo?

Um abraço,
Andréia Roma – CEO da Editora Leader