Se você é tão competente, por que foi demitido?

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Em conversas anuais com milhares de executivos, ativos e em transição, uma dúvida é unânime: “O que aconteceu? Como não percebi isso? Sempre fui bem avaliado em termos de performance…”
Vejo que as trocas e demissões não se dão por performance, quando não há um fator externo como a venda da empresa, fatores econômicos que exigiram a redução do quadro, a razão predominante é a fratura das relações pessoais. Mesmo em eventos originados por fatores externos, os primeiros a saírem são os que têm um relacionamento abalado com a liderança.
Afinidade, empatia, confiança são características predominantes nas contratações, seguidas por competência e habilidade, que podem ser adquiridas ao longo da trajetória do executivo na empresa. A relação de confiança é primordial na manutenção e perpetuidade do cargo, e uma vez abalada, dificilmente é recuperada, iniciando-se um processo nocivo e muitas vezes inicialmente imperceptível por ambos os protagonistas.
Eventualmente percebe-se que algo está errado. As coisas já não são como eram antes, o prazer pelo trabalho não existe mais, as segundas-feiras tornam-se estorvos, o orgulho impera, pois ambos esperam que o outro venha falar, desabafar, tentar entender o que aconteceu ou esperam um pedido de desculpas ou o famoso “feedback”, raramente sincero. Infelizmente isso é da natureza humana, e sem uma boa dose de coragem, paciência, humildade e principalmente diálogo se torna uma espiral decadente.
Com diálogo, qualquer relacionamento pode ser reconstruído, basta ter iniciativa, não deixar passar, dialogar. Com o passar dos anos nos tornamos mais maduros, mais pacientes, relevamos muitas atitudes que só com o tempo percebemos que eram caprichos sem sentido.
O motivo da desavença realmente é nobre? A maturidade, o diálogo mudam tudo. Vale a pena refletir e atuar o mais rapidamente possível. Esperar os ânimos se acalmarem, uma boa noite de sono e na primeira oportunidade, a sós, dialogar e resolver. Ambos se sentirão aliviados, renovados e mais preparados para o próximo, que sempre existirá e será resolvido com maior destreza.

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Tenho experiência internacional em diversos segmentos e como CEO da Alexander Hughes, multinacional de recrutamento executivo, consigo aplicar minha experiência na busca por excelência no preenchimento das necessidades de executivos em nossos clientes. Sou ávido por conhecer novas pessoas, pratico incessantemente o netweaving, buscando diariamente conexões, trocas de experiência de forma altruísta visando a construção de relacionamentos sólidos e duradouros.