Que lindo nome para homenagear aos que conseguem fazer das palavras uma arte.
Este templo existe e, de quebra, com vistas de perder o fôlego!
Está localizado em Oeiras, Lisboa, dentro de um parque urbano chamado Parque dos Poetas, onde se pode encontrar lindos jardins temáticos, harmoniosamente inspirados em poetas da língua portuguesa de diferentes épocas literárias: Trovadores (século XII), Poetas da Renascença (séc. XVII), Barroco (séc. XVIII), Romântico (séc. XIX) e Poetas do Século XX – incluindo Manuel Bandeira (1886/1968) e Carlos Drummond de Andrade (1902/1987).
Projetado pelo escritório de arquitetura Intergaup, este templo é um “farol” cultural dentro do Parque dos Poetas, no qual se pode admirar as exposições temporárias nos salões, ouvir um recital no anfiteatro ou deliciar-se com um bom vinho no mirante que se abre sobre a foz do Tejo e o Atlântico, enquanto se vivencia um pôr do sol imperdível.
“…a preponderância do lugar levou a considerar a criação de um objecto arquitectónico com referência a uma carga poética pela sua imaterialidade na estrutura e materiais de revestimento.” Arqto Diogo de Lima Mayer – Intergaup
Ao descer pela rampa interna que liga todos os três pavimentos, depara-se com suas poesias impressas nas paredes de tecido branco tensionado quando, ao sair, suspira um até breve enquanto admira a fachada do edifício revestida de chapas translúcidas de policarbonato alveolar destacando suas estruturas, sustentáculo de toda essa magia, dando a impressão de que podemos adentrar cada discurso poético, dando-lhes um significado nosso!
“… Se lá no assento etéreo, onde subiste, memória desta vida se consente, não te esqueças do amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste…” Luis Vaz de Camões.1
1. Em meu instagram – @saltini.arquitetura – poderás ouvir-me a recitar o poema completo.
