Liderança humanizada, e a distância

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Com a pandemia, que pegou todos nós de surpresa, muito se falou do novo normal e de como a vida pessoal e a profissional seriam impactadas. Em meio a debates sobre como coordenar todas as nossas tarefas cotidianas, os cuidados com a saúde, as medidas sanitárias preventivas, dois temas ganharam força: o trabalho na modalidade home office, ou híbrido, e a liderança humanizada.
O home office atendeu às necessidades de empresas que não podiam parar as atividades e seus colaboradores tinham a possibilidade de trabalhar a distância, aos poucos se adaptando e procurando manter a produtividade. E em grande parte das organizações essa opção, ou até a forma híbrida, continuaram mesmo após a flexibilização das medidas restritivas impostas para conter a contaminação.
Diante das análises sobre as vantagens e desvantagens do trabalho a distância, principalmente pelas profissionais, que muitas vezes tiveram de adaptar a casa e coordenar seu trabalho com os horários e as tarefas dos filhos, dividir o espaço com o companheiro que também estava trabalhando em casa, impor uma disciplina para si e para os outros moradores, entre outros desafios, a humanização das relações se tornou imprescindível.
A liderança humanizada é aquela capaz de enxergar todas essas dificuldades de sua equipe, sejam permanentes ou momentâneas, com empatia e sendo solidária. Em suma, o líder humanizado procura o bem-estar dos colaboradores, sejam os que estão na empresa ou os que estão trabalhando a distância. A consequência são pessoas trabalhando com mais tranquilidade, com mais segurança, porque sabem que podem contar com um líder sensível e atento a suas dificuldades.
Na minha visão, a liderança humanizada deve ter em mente alguns pilares para se nortear. O primeiro é a comunicação, clara e objetiva, com a equipe, para ter conhecimento das dificuldades encontradas no trabalho a distância.
Em segundo lugar, procurar entender o perfil de cada profissional, porque alguns se adaptam com mais facilidade que outros, uns têm mais dificuldade de se engajar com a equipe e outros veem muitas vantagens em estar conectados no conforto de seu lar.
A maioria das líderes com quem convivo na minha rotina como empreendedora e influenciadora editorial mostram-se aptas a exercer a liderança humanizada também no ambiente virtual, pois a sensibilidade feminina demonstra empatia e solidariedade mesmo antes do advento do trabalho a distância. Nossa intuição, nossa capacidade de agregar as pessoas, de enxergar além do profissional e de dar feedbacks na hora certa, promovendo a união da equipe, resultam em ambientes organizacionais mais atraentes e equipes mais produtivas.
Proponho a você, que exerce uma posição de líder, refletir sobre as mudanças advindas com a pandemia: o relacionamento líder e equipe está deixando de ser vertical, isto é, com o líder acima e os liderados abaixo. Está se tornando e necessita ser horizontal, mais colaborativo. Como fazer isso? Com a humanização das relações, e para começar você já tem várias dicas aqui.

Um abraço carinhoso,
Andréia Roma