Em recente estudo, a XP Investimentos detectou que cerca de 80% dos consumidores das Gerações X (nascidos entre 1965 e 1979), Y (nascidos entre 1980 e 1995) e Z (a partir de 1996) levam em consideração a preocupação com o meio ambiente nas escolhas de produtos e marcas. Ou seja, tanto na escolha dos seus produtos quanto nos investimentos, a grande maioria da população considera fatores ESG como fundamentais.
Com o advento e as transformações provocadas pelo período pandêmico, observa-se o levante de um momento histórico de debates críticos sobre o nosso estilo de vida, criando uma mudança sistêmica no nosso modo de agir, consumir e fazer negócios. Essa mudança crescente e revolucionaria fica evidente no mundo corporativo com a adoção de práticas ESG cada vez mais forte nas empresas, seja através da integração das 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) em análises de risco, performance e investimentos; como pela adoção de uma agenda global de desenvolvimento sustentável.
Dentre os fatores relevantes que possibilitam traduzir os riscos de ESG em oportunidades estão:
• Mercado Global de ativos ESG estimado em valor superior a US$ 30 trilhões de acordo com o levantamento da Bloomberg;
• Estimativas da empresa apontam para um montante global de US$ 53 trilhões de investimentos até 2025;
• Captação de R$ 2,5 bilhões em 2020 por fundos ESG no Brasil, sendo que mais da metade dos fundos foram criados nos últimos 12 meses;
• Emissões de títulos temáticos ligados à sustentabilidade no mercado brasileiro de US$ 5,3 bilhões, superando em 26% o valor de 2019;
• ESG se tornou um pré-requisito para receber investimentos do mercado internacional;
• Benefícios no longo prazo, como aumento da lucratividade, estão cada vez mais claros e comprovados;
• Necessidade de se criar um ecossistema mais sustentável, pelo fato de o Brasil ser detentor de mais da metade da maior floresta do mundo (a Amazônica) e estar sob os olhos dos investidores do mundo todo.
O movimento do Capitalismo Consciente criou a ideia de que as empresas não se limitam apenas a gerar lucro, renda e empregos, mas também a estimularem valores de bem-estar social e gerar um impacto positivo para a sociedade. De acordo com o Harvard Business Review, uma companhia que pratica o “Capitalismo Consciente” tem uma performance dez vezes melhor que as que não se adaptaram a essa nova mentalidade sustentável. Assim, uma empresa consciente é aquela movida por quatro pilares: ter um propósito maior, uma liderança consciente, uma cultura consciente e criar um ambiente de trabalho que valorize todos os seus stakeholders.