Mulher camaleoa? Você não pode ficar de “saco cheio”!

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"Permita-se, ame-se mais. Creia, é possível ser supermulher e ser superfeliz!"

Ser uma mulher camaleoa pode, sim, ter um sentido pejorativo, pode significar uma pessoa volúvel, uma “Maria vai com as outras”, que se adapta constantemente ao ambiente, para não desagradar ninguém.

Mas não é nesse sentido que estou pensando, e sim no lado positivo, uma referência às mulheres que conseguem realizar todos os muitos papéis em todas as áreas de sua vida. E com êxito ainda por cima!

Falo de mulheres que, como eu, levam a vida de maneira flexível. Adaptamo-nos não para nos ajustar aos ambientes e às pessoas, mas para poder cumprir com as responsabilidades de profissional, mãe, filha, estudante, esposa, amiga, líder, empreendedora… E mais: desempenhar tudo com bom humor, alegria e satisfação.

Ufa! Estamos então frequentemente “trocando de pele”. Controlando o tempo para que nele possam caber todas as obrigações. Querendo fazer o melhor, querendo ser as melhores em tudo que fazemos, querendo mostrar a todos que podemos, que somos multitarefas mesmo, que nada é impossível para nós.

Somos camaleoas, sim. Eu reconheço que muitas de nós querem quebrar paradigmas, jogar na cara da sociedade que “temos a força”.

Temos mesmo, que me desculpem a falsa de modéstia. Nesses pouco mais de cinco anos em que me tornei empresária conheci mulheres maravilhosas, com histórias que não poderiam ficar restritas a poucas pessoas. Suas histórias precisavam vir à tona, ser registradas e eternizadas em livros para mostrar que não estamos de brincadeira quando vamos em busca de nossos objetivos.

Somos camaleoas, mas, o mais importante é continuar a ser nós mesmas. A nossa essência deve permanecer.

Mesmo quando, depois de um dia de empreendedora, mãe, esposa, administradora, contadora, chefe, negociante, entre tantas outras funções, eu digo que estou de “saco cheio”. Porque nós também nos cansamos, e como. Naqueles dias em que nada parece dar certo, em que ouvi mais “nãos” do que esperava, em que a diretora me chamou na escola pra dizer que meu filho aprontou, em que a roupa ficou apertada, o sapato fez calo, em que me esqueci de mandar aquele email importante, em que o funcionário faltou, falei uma bobagem pro cliente em potencial, esqueci de pagar a conta…

Sabe por que acontece tudo isso? Porque a vida não é perfeita o tempo todo, somos humanas e não controlamos todos os acontecimentos.

Socorro! Nesses dias vou mudar de humor, sim. Vou distribuir broncas. Vou ficar com dor de cabeça, vou pra casa mais cedo, desligo o celular, vejo inutilidades no Facebook, como uma bela guloisema, choro. Mas continuo a ser a Andréia, verdadeira, mulher, às vezes menina, sonhadora e cheia de sonhos para realizar… Porque na manhã seguinte lá vem mais uma chance de brilhar! E eu agarro essa chance com toda minha vontade!

Esta é a moral da história: mude, de opinião, de atitude, aprenda, cresça, se transforme, abra suas asas, transite por todos os papéis, com eficiência e bom senso, mas continue sendo você mesma, dando-se o direito de “esvaziar o saco” da maneira que bem lhe aprouver!